sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

[insônia e retrospectiva]



Demorou a emergir do turbilhão que anda a minha cabeça algo de valor, nesse profético ano de 2012, que pudesse servir de pedra fundamental sobre a qual eu construiria minha retrospectiva. Acho que foi difícil porque o ano de 2012 foi um ano abrasivo que fez de tudo pra me tantalizar (“the closer I get, the further I am...”).
Mas eu seria um mentiroso se dissesse que em 2012 não aprendi nada. E - que o universo continue a conspirar - o ano que eu não aprender nada é um ano em que estarei morto!
Foi um ano de tentativa e erro e tentativa e erro e tentativa e ... bem, má sorte também. Má sorte e uma sensação permanente de esforço inútil, de desânimo, de cansaço. Mas nunca é inútil. Conquistei muitas coisas, reconquistei muitas coisas e estou no meu caminho.

(E foi um ano produtivo pro blog, que mesmo comigo reclamando bicas que estou escrevendo pouco, saí bastante da caverna.)

Há quem me fale em plantar sementes e cuidar pra que elas cresçam - mas a maioria se esquece que também é importante (e cansativo) cavar, e que a recompensa disso não é escancarada e imediata.

Me recordo que em 2009 – ano sujo, ano de facas – eu fechei com um aprendizado simples, mas significativo: resistência. A segurança de que eu sou capaz de aguentar muita porrada. Mas me esqueci que não adianta ser como a pedra, porque a água fura – e há o que fure pessoas.

Se me salta alguma palavra para 2012, essa seria persistência. Não desistir e continuar remando, não importa o que estiver na frente. (“Spiral out. Keep going.”)

Agradeço, do fundo do meu coração, aqueles que me ajudaram. Quando digo ajuda, digo no sentido mais amplo possível. Uma conversa, uma novidade, um pouco de atenção – sim, foi um ano solitário e carente, em parte por culpa minha, e eu não tenho vergonha disso (só um pouquinho).

Beijos e abraços - vocês podem escolher qual dos dois (ou ambos), fiquem à vontade - e um felicíssimo ano novo pra todos.

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